terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Movimentos e manifestações em defesa do setor

Diante da crise que enfrenta o setor sucroenergético brasileiro, alguns segmentos se mobilizam.
No segundo semestre de 2013, foram criadas quatro frentes parlamentares em defesa do setor. São elas:
  • Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético: segunda maior frente já criada no Congresso Nacional, coordenada pelo deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP).
  • Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético: lançada na Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), coordenada pelos deputados Roberto Morais (PPS) e Welson Gasparini (PSDB).
  • Frente Parlamentar em Defesa dos Municípios Canavieiros: também lançada na Alesp, coordenada pela deputada Beth Sahão (PT).
  • Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético em Minas Gerais: iniciativa  anunciada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com coordenação do deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB).
Em parceria com a Frente coordenada por Arnaldo Jardim, foi lançado em maio de 2014 o site do Movimento Pró-Etanol, com o objetivo de mobilizar o setor sucroenergético - produtores rurais, sindicalistas, empresários e parlamentares - e divulgar as atividades do movimento. Segundo matéria do portal PPS, "Jardim disse que o Movimento Pró-etanol mobilizou, no início de maio [de 2014], mais de 3,5 mil pessoas em manifestações realizadas nas cidades de Jaú e Piracicaba, no interior de São Paulo, em defesa do biocombustível".

Entrei hoje no site do Movimento Pró-Etanol e me deu a impressão de abandono. A notícia mais recente data de junho de 2014, na seção Na mídia, a informação mais recente é de agosto de 2014. Já a seção Próximas ações mostra apenas o texto "Em breve informações sobre as próximas ações do movimento Pró-Etanol".

Este ano

Há pouco mais de uma semana, saiu no portal Brasilagro uma matéria assinada pelo fundador e editor da instituição Ronaldo Knack, segundo a qual 
a frustração ante os resultados pífios apresentados pelas “Frentes Parlamentares” criadas com o objetivo de alavancar politicamente o setor, criaram um fosso abissal entre os interesses dos trabalhadores, dos fornecedores de cana, das usinas e da sua indústria de base.
Face à carência de medidas governamentais efetivas, sindicalistas, fornecedores de cana, usineiros, empresários da indústria de base e representantes dos poderes públicos municipais e estaduais uniram-se com o objetivo de construir e implantar um grande projeto de Governança Corporativa da Cadeia Produtiva Sucroenergética. O projeto prevê audiências com o governador Geraldo Alckmin e as lideranças do setor, além de uma marcha a Brasília.

Ontem circularam notícias de que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) aderiu ao movimento em defesa da cadeia produtiva do setor sucroenergético, somando-se à Força Sindical, que tradicionalmente defende os interesses dos 2,5 milhões de trabalhadores do setor.

Mais recentemente, assunto de hoje nas agências de divulgação sobre o setor, a Câmara Municipal de Sertãozinho-SP anuncia a criação de uma Comissão Parlamentar para acompanhamento e fiscalização de soluções que contribuam com o setor. A ação representa um apoio ao Movimento pela Retomada do Setor Sucroenergético, uma manifestação que acontece em Sertãozinho, região de Ribeirão Preto, no dia 27 de janeiro, terça-feira. Estimam-se 15 mil manifestantes, entre trabalhadores dos setores metalúrgico, canavieiro e do comércio; representantes de sindicatos e associações ligadas ao setor sucroenergético; autoridades municipais e regionais, além dos cidadãos em geral. Ao final do percurso de dois quilômetros, será apresentado documento com as principais reivindicações dos setores envolvidos.

O Movimento tem realização da Prefeitura de Sertãozinho, CUT, Sindicato dos Metalúrgicos, Força Sindical, Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), Associação Comercial e Industrial de Sertãozinho (ACIS), Sindicato do Comércio Varejista de Sertãozinho e Região (Sincomércio), Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste), Câmara Municipal, Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Amigos Associados de Sertãozinho (Amasert), Sindicato dos Empregados no Comércio (Sincomerciários) e Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Copercana), com apoio da Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar), Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais, Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) e Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentos de Sertãozinho, em parceira com a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético (Frente do Etanol).

Agora é ver como vai repercutir essa mobilização.

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