O site da Unica noticiou o evento e a atuação de André Elia Neto. Trechos da notícia (grifos meus):
"O representante da UNICA detalhou o uso de água pelo setor sucroenergético, que reutiliza mais de 90% do recurso usado em seu processo industrial. “No período de seca, as usinas aplicam na lavoura a água residuária, constituída em sua maior parte da água oriunda da própria cana colhida. Isso diminui e muito o percentual do recurso hídrico captado nas redes de abastecimento,” explicou.
A reutilização da vinhaça, resíduo do processo de destilação do etanol como adubo na agroindústria canavieira, que cobre cerca de 40% das necessidades das plantações de cana por adubação mineral, foi também foco da apresentação. Segundo o consultor, o setor é um grande gerador de resíduos orgânicos, os quais, pela natureza e ausência de contaminantes, apresentam alto potencial de fertilizante. “Atualmente, a indústria reaproveita 100% dos resíduos na adubação dos canaviais,” detalhou Elia Neto.
Ele concluiu a palestra examinando desafios tecnológicos e econômicos para o desenvolvimento de práticas de produção mais limpa e a intensificação da valorização da vinhaça, com as tecnologias de biodigestão, para a produção de biogás com fins energéticos e a concentração para aumentar a área de fertirrigação da lavoura, que consiste na técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar nutrientes ao solo cultivado."Quando o ator é a entidade que representa o setor, não se observa o problema de uso excessivo de água no processo, tampouco a crítica sobre a nocividade da vinhaça (ver post "Água e bioetanol" neste blog). Ainda assim, nota-se a busca por práticas e tecnologias de produção mais limpa.
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