segunda-feira, 8 de abril de 2013

Matriz energética em pauta no Globo Ecologia

Em 23 de junho de 2012, o programa Globo Ecologia, exibido pela Rede Globo, discutiu a matriz energética brasileira. No trecho a seguir, o foco é a geração de bioeletricidade e etanol. O professor Luis Augusto Barbosa Cortez, da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, e o gerente de planejamento da Pedra Agroindustrial S.A., Matheus Biagi Carvalho, são os especialistas entrevistados. Moradores de Sertãozinho também dão depoimentos.


Os combustíveis fósseis são apontados como opção insustentável, e as queimadas, aliadas ao agronegócio, como principais responsáveis pelo agravamento do efeito estufa. A falta de políticas de longo prazo de construção de uma matriz energética limpa no futuro é destacada por Cortez. A usina de Buriti (SP) aparece como exemplo de bom aproveitamento da cana.

O programa mostra ainda vendedores da garapa que utilizam gasolina para mover o motor da máquina que mói a cana. Eles informam que esse combustível confere mais mobilidade do que a energia elétrica e dizem desconhecer a possibilidade de geração de energia pelo bagaço da cana. Mas por que as prefeituras ou mesmo ONGs não lançam um programa para coletar esse bagaço rejeitado pelos garapeiros e encaminhá-lo para a produção de energia elétrica???

No que diz respeito aos efeitos das queimadas, são citados problemas respiratórios, sobretudo em crianças. Para Cortez, a queima da cana não é um problema ambiental muito grave. Ele cita trabalhos científicos que relatam o aumento das doenças respiratórias nos meses de inverno, nas regiões de colheita de cana, mas diz que gostaria de observar possíveis mudanças após o fim das queimadas, para então poder estabelecer uma relação entre causa e efeito.

Como lembra o apresentador Max Fercondini, "no fim das contas, há sempre um custo a pagar pela geração de energia, seja ele na forma ambiental, social ou econômica". Haveria custos que poderíamos pagar continuamente, sem comprometer a sustentabilidade?


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