segunda-feira, 8 de abril de 2013

Tecnologia para aumentar a produtividade de processos industriais

A Agência Fapesp publicou hoje matéria sobre uma tecnologia desenvolvida por pesquisadores brasileiros da empresa I.Systems para aumentar a eficiência de linhas de produção em grandes indústrias, com base na lógica Fuzzy. O desenvolvimento, que contou com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE), resultou no software Leaf e já está sendo empregado em empresas como Coca Cola, Rhodia e Ajinomoto.

O Leaf roda no sistema operacional Windows, coleta informações muito simples de um processo industrial – classificadas em três níveis: mínimo, médio e máximo – e gera instantaneamente todas as correlações entre essas variáveis. Assim, aumenta a estabilidade dos processos, diminui os custos e melhora a produtividade.

Destaco aqui o emprego dessa tecnologia nas usinas de produção de açúcar e bioenergia Tonon, São Martinho e Pederneiras.
Nas usinas de produção de açúcar e de bioenergia, o sistema é utilizado para estabilizar melhor a geração de vapor das caldeiras. Ao integrar essa função com a geração de energia, é possível que a usina passe a gerar mais energia com a mesma quantidade de biomassa que utilizava anteriormente. 
“Como o software executa o controle multivariável do processo, ele consegue ter uma informação mais global do estado da caldeira, por exemplo, e controlar a geração de energia”, explicou Santiago [Igor Bittencourt Santiago, presidente da I.Systems].
Segundo a reportagem, a I.Systems está avaliando se solicitará a patente da tecnologia no Brasil ou no exterior, ou se trabalhará com segredo industrial nos mercados norte-americano, asiático e europeu. A empresa foi contemplada com o primeiro aporte de investimento do fundo Pitanga de venture capital (capital de risco), criado por fundadores da Natura e do Itaú Unibanco e administrado pelo biólogo Fernando Reinach, ex-diretor da Votorantim Novos Negócios.

Com o aumento da produtividade e da eficiência das usinas, ganha força o argumento favorável ao bioetanol, no que tange o aspecto econômico da controvérsia. Mas seria preciso generalizar o uso dessa tecnologia, que no momento está sendo empregada em  apenas três usinas.

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